O seu filho ouve musica demoniaca? Não se preocupe, tudo está bem!!!

Quoted de um sitio qualquer:
“Heavy metal é estilo preferido dos superdotadosPesquisa foi feita com "mentes brilhantes" do Reino Unido.Jazz e música erudita não agradam os "geninhos".
Londres, 21 mar (EFE).- A música "heavy metal" é a preferida pelas crianças superdotadas do Reino Unido, que encontram neste som visceral uma forma de catarse, segundo uma enquete feita entre estudantes da Academia Nacional para Jovens de Talento.Grupos de rock pesado como Slayer e Slipknot estão entre os favoritos entre os maiores intelectos do país, que parecem gostar também das letras com mensagens políticas e de forte carga emocional.Uma pesquisa feita entre estudantes da academia, à qual têm acesso apenas 5% dos jovens com mentes mais brilhantes do país, revela a predileção destes pela "brutalidade visceral" do "heavy metal".Mais de um terço dos entrevistados incluiu o "heavy metal" entre seus estilos favoritos.Os responsáveis pela pesquisa reconheceram sua surpresa ao ver que os estilos menos populares entre os superdotados eram os que tradicionalmente são associados às mentes mais privilegiadas, como jazz e música clássica.O responsável pela pesquisa, Stuart Cadwallader, da universidade de Warwick, disse que os resultados obtidos mostram que estes jovens encontram no "heavy metal" uma espécie de "catarse", de forma particular os que, apesar da inteligência superior, têm baixa auto-estima.Esse tipo de música agressiva serve também para que canalizem suas frustrações e insatisfação, disse Cadwallader, em conferência realizada na British Psychological Society, na cidade inglesa de York.De acordo com Cadwallader, "as pressões associadas à condição de superdotado talvez possam ser esquecidas, temporariamente, com a ajuda desta música".”


Boas a todo o pessoal, estreio-me hoje neste blog( com um “ganda” testamento), com a exposição e critica deste artigo, que se revela no mínimo falacioso. Em relação ao estudo em questão há só um ou dois aspectos que gostaria de sublinhar, mas fica para o fim. O que me preocupa neste artigo é sim a sua interpretação e as conclusões que daí surgiram. Os responsáveis do dito artigo afirmam em primeiro lugar que os grandes intelectos juvenis apreciam a carga emocional e politica que se expressa no heavy metal, mas ao que parece esquecem-se disso ao longo do artigo, pois, ao relevarem os seus primeiros traços de ignorância, focam-se apenas na "brutalidade visceral" do Heavy metal, generalizando de tal forma, que me fazem acreditar que concluíram o seu respectivo curso (se é que o têm) por correspondência, pois esqueceram-se da parte que referia a pesquisa antes de se publicar qualquer artigo. Agora, compreende-se também porque é que se focaram nesse aspecto, pois como se pode verificar, o próprio responsável do estudo, achou mais correcto deduzir que a razão principal pelos quais os sobredotados ouvem Heavy metal não é pela sua grande e enorme complexidade tanto em termos líricos como musicais, mas sim pela sua forte componente de anti-stress de forma a descarregarem a sua, vá lá digamos… raiva… induzindo assim que a maior parte dos mesmos são pessoas com baixa auto-estima…Ora onde é que eu já vi este filme? …lá estão os ditos rótulos que neste caso, não ficam nada bem ao senhor Stuart Cadwallader, que nem sequer ponderou a hipótese de os sobredotados na sua maioria terem uma estima perfeitamente normal e que sim senhor como sobredotados que são, saibam distinguir os diferentes níveis de complexidade musical entre uma música pop e uma música de heavy metal. No que toca há musica clássica, a coisa complica-se um pouco, pois se as razões pelas quais os sobredotados ouvem heavy metal são as que o senhor Stuart Cadwallader menciona, é bastante fácil perceber que os ditos se foquem significativamente no seu carácter emocional, que pessoalmente considero que seja tão intenso como na musica clássica (mas talvez mais expressivo), por outro lado se o seu gosto por heavy metal for de carácter apreciativo (que inclui também o seu carácter emocional despertado nos ouvintes), é só preciso saber que o heavy metal em termos musicais possui por si só uma forte componente da musica clássica e nalguns casos de jazz também, daí talvez a musica clássica e de jazz ficar um pouco de lado nestes meninos, embora pareça e talvez seja um pouco contraditório, mas fica ao critério de cada um. Resumindo e para não haver duvidas sobre a minha posição, concordo que o carácter emocional da musica, condiciona o nosso gosto musical de forma legitima, desde que não o faça de uma forma exclusiva ou seja, desde que entre numa correlação com o carácter apreciativo da mesma. Por fim em relação ao artigo e ao estudo nele contido só me resta dizer, que quem generaliza desta forma, pondo de parte a nossa amiga subjectividade, é alguém que se revela bastante limitado e que acaba por descredibilizar por completo o seu “trabalho”.

Termino então com a notícia que um novo membro se junta á anarchy gate, e que irá começar a contribuir com as suas magnificas e belas palavras todos os sabádos, estou a referir-me ao Carlos Cobain. Um grande bem haja ao dito, a toda esta equipa :P :P e em especial ao nosso pioneiro Matt.

Cheers!!!