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quinta-feira, 27 de março de 2008

Morrer ou não morrer? Eis a questão.

Olá a todos!
Sejam bem vindos de novo ao nosso blog. =p
Quero antes de mais nada agradecer todo o apoio que nos têm dado, visto que o Anarchy Gate tem recebido realmente muitas visitas, o que nos motiva para escrevermos mais e mais!;)

E agora...o tema que eu hoje vos trago... pois bem... Eutanásia, meus amigos.
Vejamos esta notícia, publicada no Correio da Manhã de dia 18 deste mês:

"França recusa eutanásia a mulher com tumor incurável

O Tribunal de Grande Instância de Dijon (França) recusou ontem o pedido de Chantal Sébire, que sofre de um tumor incurável, para poder ser submetida a eutanásia.O tribunal decidiu em consonância com a petição da Procuradoria, que solicitara que não fosse admitido o pedido da mulher, por considerar que não poderia ser tido em conta "no estado actual da lei". Sébire, uma professora de 52 anos e mãe de três filhos, recorrera à Justiça na sequência das fortes dores que a doença – um tumor nasal pouco comum que lhe desfigurou o rosto – lhe provoca. Na prática, solicitou permissão para que um dos médicos fosse autorizado a utilizar "as substâncias necessárias para que a sua vida terminasse de forma digna e serena". Contudo, o Tribunal de Dijon considerou inaceitável a petição.
A mulher ainda não reagiu à decisão judicial. Recentemente, Chantal Sébire tinha afirmado que não recorreria da sentença caso lhe fosse desfavorável, mas deixou claro que estava disposta a deslocar-se ao estrangeiro, concretamente à Suíça, onde a eutanásia é legal.
O caso de Chantal reacendeu em França o debate jurídico, social e político sobre a eutanásia. Até porque se tratou do primeiro caso em que a Justiça francesa esteve a contas com um pedido do género desde a entrada em vigor da lei de 2005 sobre os direitos dos doentes. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, propôs-lhe mesmo ouvir uma nova opinião médica e primeiro-ministro, François Fillon, e a titular de Justiça, Rachida Dati, mostraram-se contra a eutanásia. "

Tenho-vos a informar que Chantal Sébire apareceu morta no dia seguinte à publicaçao desta notícia.

Ora bem... Pensei muito antes de postar sobre este tema, visto que é algo com uma certa complexidade, que envolve diversas opiniões. Mas ok, é um desafio.
Eutanásia... A lei diz que não, mas eu digo que sim! ( sim...sei que n sou nada comparada com uma porra de uma lei, mas posso dar opinião! É para isso que aqui estamos todos.)

E porque é que eu digo "sim"?
Digo que sim, por razões que considero serem fortes!! Poucas, ou melhor, suficientes e fortissimas.. Esta senhora estava a sofrer de uma forma brutal! Já tinha perdido os sentidos (paladar, olfacto e visão) e sofria com dores horríveis.
Á partida, cada um de nós, quando nasce tem o direito de tomar as decisoes que acha melhores na sua vida, desde que esteja consciente, como era o caso. Ora se a senhora estava consciente, e preferia morrer do que enfrentar dias inteiros de sofrimento até à sua morte...porque nao? Porque está escrito numa lei qualquer que a eutanásia não se pode praticar?? Pelo amor de Deus!! Estamos a falar de alguém que sofre cada minuto da sua vida!! Afinal de contas o que é que pesa mais?? Um simples escrito que diz proibir a eutanásia, ou a vida/ sofrimento da pessoa em questão?
E não me venham falar na Ordem dos Médicos, bla bla bla. É verdade que é dever deles salvar pessoas. Mas quando sabem à partida que a pessoa só está a sofrer e não tem recuperação possível, não estão a salvar ninguém, muito pelo contrário: só estão a faze-la sofrer, cada vez mais e mais, e a retardar o inevitável. Right?
Julgo que é preferível que a pessoa morra com "dignidade", como pedia Chantal Sébire, do que sofrer até ao último suspiro, só porque a Ordem dos Médicos e as suas leis absurdas dizem que é assim que deve ser e pronto.

Bem, acho que os motivos principais do meu "sim" estão dados. De forma simples e muito breve, mas a ideia principal é essa mesmo.

Pensem nisso. Estão livres de dar a vossa opinião. Eu respeitarei, seja ela qual for ;)

Beijinhos para todos e resto de uma boa semana.


* Freedom

15 comentários:

Matt disse...

Bem... Ora aqui está um assunto algo polémico e com algumas espinhas difíceis de engolir.

Deixem-me primeiro que tudo referir que como um crente de uma sociedade anárquica não podia estar mais a favor da Eutanásia. No entanto há prós e contras a ter em conta.

Primeiro temos que saber que a eutanásia é a prática médica, que põe fim à vida de um doente em estado terminal, sendo assim diferente de distanásia, ortanásia e suicídio assistido.

Como argumentos contra temos os religiosos em que Deus diz "não matarás" sendo a eutnásia um pecado mortal, pois só o Senhor pode recolher as vidas dos mortais. Temos os éticos em que não é correcto retirar a vida de uma pessoa. E temos os politico sociais, em que o estado tem o dever de zelar pela vida dos seus comunitários.

Aos religiosos não ha grande coisa a refutar, percebo o seu ponto de vista, mas a meu ver não ha religiosos que nunca pecaram e daí perdem a minha credibilidade! (LOL)

Aos éticos, também não é ético deixar uma pessoa condenada a sofrer, pelos ultimos momentos da sua vida penante.

Aos politico sociais, a escolha pela morte, não poderia ser irreflectida. As componentes biológicas, sociais, culturais, económicas e psíquicas teriam de ser avaliadas, contextualizadas e pensadas, de forma a assegurar a verdadeira autonomia do indivíduo que, alheio de influências exteriores à sua vontade, certifique a impossibilidade de arrependimento. E então estivesse "apto" a receber a eutanásia.

Do ponto de vista de um doente em estado terminal, nem todos querem morrer, mas aqueles que querem devem ter esse direito, caso se verifique as suas condições para tal.

Do ponto de vista da família, é normal que não queiram que um parente termine com a sua vida, no entanto têm que respeitar a sua vontade e perceber as suas razões.

Do ponto de vista médico, que realizaram o juramento de Hipócrates, é normal não querem realizar este procedimento, no entanto há médicos que o aceitam.. sendo isto, o médico deve ter o direito legal de não fazer tal procedimento, sendo assim, o paciente mudado de médico para um que esteja confortável com tal prática!

E pronto! creio que não tenho mais nada a dizer! Bom tema! boa Argumentação! parabéns rita!

Carlos Cobain disse...

tema bem escolhido...sou sempre a favor da eutanásia!!!!

Anónimo disse...

bem..neste que aqui caso que aqui postaste...creio que a agonia e a dor insuportavel desta paciente a levaram a decidir a eutanásia, sabendo que ia morrer mais tarde mais ou cedo, porque é que lhe negaram a eutanásia? e faço outra pergunta...morrer em sofrimento leva a ter mais dignidade? nao me parece.sendo assim,concordo com a eutanásia.E tenho dito.

Angel from your Nightmare disse...

Temas destes adoro!

Sou totalmente a favor desde que a pessoa em questão esteja em plenos poderes das suas faculdades mentais.
Para quê prolongar um sofrimento que não ira levar a nada a não ser uma morte penosa?
Quanto a todas a questões politicas, religiosas, sociais, éticas, etc...Acho que nada esta acima da vontade de uma pessoa acabar com o seu sofrimento que é irremediavel...
Podemos ainda referir que a proibição da eutanasia pode levar ao suicidio, o que dará á pessoa uma morte tão penosa como a sua vida!!

Vamos dar utilidade á grande expressão de muitos funerais:"Coitado tava a sofrer tanto que a morte foi o melhor pa ele!"

Rita disse...

"neste caso concordo"...pk "neste caso"? A historia de Chantal Sebire tem dado que falar no governo frances. mas pk?? pk ela falou, pk ela pediu a eutanasia. Muitos casos há, em que a pessoa sofre até ao fim, por n ter coragem de a pedir. Certo é que essa pessoa sofre tanto ou mais que Chantal, apenas não tem coragem de desafiar a lei, como ela teve. É obvio que se a pessoa pede a eutanásia, e está em perfeitas capacidades mentais, é pk está realmente a sofrer...por isso que digo, não há "neste caso"...a eutanásia pede-se porque há sofrimento, seja de que pessoa for.

Depois...questao dos argumentos contra, relacionados com a religiao, ética, politico sociais e por aí fora...é como a ana diz: nada está acima da vontade da pessoa que quer acabar com o sofrimento.Nenhum desses argumentos é mais forte do que a dor de quem sofre.

aftermath disse...

Hell....O!!! Pedindo, desde já, desculpa pela intromissão neste blogue, achei pertinente a discussão aqui gerada e o tópico que lançou a mesma. Assim sendo, gostava de deixar algumas considerações que me parecem pertinentes, não por não terem sido focadas por outros intervenientes, mas, por achar que podem ser mais aprofundadas.

Eutanásia ou suicidio assistido tem levantado polémica nos ultimos anos devido a vários factores: porque a evolução da investigação médica se encontra num patamar muito alto o que permite, em muitos casos, minimizar a dor; porque a aumento da esperança média de vida (e qualidade da mesma)faz com que se viva mais tempo e melhor etc....

Embora a eutanasia seja já uma realidade em 3 paises da União Europeia (Luxemburgo, paises Baixos e Bélgica, curiosamente 3 paises de maioria protestante - já lá vou..)a sua aplicação efectiva ainda não é uma realidade.

Como já foi aqui referido, nos paises maioritariamente (dizem eles) católicos a Santa madre Igreja católica continua a batalhar por todos os meios, a maioria subterrâneos com lobbys ultra-poderosos e sem batina como a Opus Dei, para que a Eutanasia não seja generalizada. Porque isso representa mais uma, entre tantas, facadas no poderio e influência mental, espiritual e social que a mesma instituição pretende preservar. Neste assunto, tamos conversados.

O que acho que ainda não foi aqui focado foi o facto, e sem querer ser advogado do diabo (HELLYEAH) é em que condições pode a eutanasia ser aplicada?! Se como defende, e bem, o Mateus e a Rita (trato pelos nomes pois são os que conheço pessoalmente) a pedido da pessoa depois de uma séria e imparcial avaliação médica depois de anos de sofrimento SEM QUALQUER TIPO DE HIPOTESES de minimizar o sofrimento do individuo, ou, por outro lado, sem ter em conta a opinião dos familiares mais chegados?!! É que, e em caso de erro, nesta situação não existe uma segunda oportunidade, right?

Não será possivel, já aconteçeu, pessoas perturbadas, maniaco-depressivos, pessoas em estados alterados de consciência, "candidatarem-se" á eutanásia?

Outro aspecto, a democratização desta prática não pode levar, again - já levou, a que sociopatas da mais diversa especie se insiram em centros médicos onde é praticado o sucidio assistido?

Por ultimo, os comentários aqui expresos focaram que a pessoa tem consciência que não tem meios para resistir a mais sofrimento e degradação da sua existência, correcto. E quando a pessoa, por incapacidade, não pode manifestar essa vontade, ou autonomia como refere o Mateus? Pergunta-se a quem? Mãe, Pai, mulher, animal de estimação???? E se estes, ou outros não estiverem de acordo??? Major problem........

Ou o sofrimento momentâneo é de tal ordem que essa vontade é expressa sendo que, passada a crise, volta vontade de viver, ou pelo menos, lutar???!!!

Este texto, peço, desde já desculpa pela sua extensão, apenas reflecte duvidas que julgo pertinentes relativamente a uma práctica que, sejamos sinceros, não é brincadeira nenhuma...

Que fique claro que defendo a eutanasia mas em casos excepcionais e depois de se ter a certeza absoluta que não pode ser menorizado o sofrimento da pessoa........... e mesmo assim, pode ser descoberta uma nopva terapia ou droga no dia seguinte á tomada de decisão!!!

p.s. só dar uma nota á opinião da Anangel, sofrimento pode levar ao suicidio, pois pode, a questão mais espinhosa é quando o individuo está fisicamente impossibilitado de cometer tal acto!!! Fuck, conseguem imaginar algo pior do que não se conseguirem matar???!!!

Matt disse...

vasco, e trato-te pelo nome, pelas mesmas razoes! lol. Agradeço desde ja o teu comentário e deixo claro que não é intromissão nenhuma! O blog é publico e tens todo o direito de ter a tua opinião sobre tudo o que aqui é dito! Afinal nós tentamos que isto se pareça o mais possivel com uma pseudo-anarquia, e como assim é tentamos sempre ouvir todos, e quantos mais melhor!

Fizeste uma analogia que queria ver esclarecida, pois Suicidio assistido não é o mesmo que Eutanásia. na eutanásia é uma pessoa (nomeadamente pessoal médico) que termina a vida de um paciente em estado terminal, enquanto que suicidio assistido é a propria pessoa que põe fim ao seu sofrimento ainda que com alguma ajuda de terceiros.

Fora isto devo dizer que se fez um autentico flash na minha cabeça quando o vasco falou de quando uma pessoa não pode pedir de maneira alguma a Eutanásia, então ai a pessoa não tem essa liberdade, é lhe impossibilitada. O QUE FAZER NESSAS ALTURAS? acabar com o sofrimento podendo ser contra a vontade da pessoa? possivelmente não é a melhor ideia. Deixa-lo a sofrer eternamente, podendo a vontade do mesmo não viver mais com esse tormento?

O caso aqui torna-se bastante complicado e complexo e chegamos ao fundo da questão! A doença neste caso (e chamo-lhe doença como podia ser outra coisa) tira toda a "liberdade" ao homem, e no entanto pode muito bem haver pessoas com esperança, fé, chamem-lhe o que quiserem, que posam melhorar e então não querem a Eutanásia.

Tentei logo pensar numa maneira para eliminar este problema... porem, so me lembrei de um documento que diga se quero ou não usufruir deste procedimento caso não consiga expressar esse sentimento. (era o mais certo) ... mas quem é que me garante a mim que é isso que vou pensar depois de ter um dito acidente?

....


É um caso a pensar durante algum tempo! ... Eu creio que por muito errado que seja ou não, a familia é quem deve tomar a decisão nestes casos, pois é a que conhece melhor o doente... mas tambem nunca antes de uma aviliação de terceiros de todas as vertentes socio-economicas, politicas, etc. etc.

Não iam deixar que a vossa prima que vêm so nos feriados religiosos e que ate vai ficar com a herança se vcs morrerem decida se voces querem ou não eutanásia! estou certo?? lol

.. acho que não tenho mais ideias!

aftermath disse...

hi! o post originou diálogo, nice!!!
A diferença entre suicidio assitido e eutanásia levanta o mesmo problema, se uma pessoa não pode pedir a eutanásia ou, pior, se não pode ajudar no processo!

A decisão de causar a própria morte representa, quando tal pedido é passivel de ser realizado, uma das situações mais dificeis em que alguém pode ser colocado.

A idéia do documento á priori ainda não me tinha ocorrido, mas tal como afirmaste, aquilo que consideramos uma possibilidade hoje não significa que após um choque grande, como um acidente, teremos que pensar da mesma maneira!

Em relação ao conhecimento e consentimento de familiares mais, ou menos proximos se não hover outros, também coloca questões, porque não é necessário ser uma prima afastada (mt boa idéia ehehe)a querer-se abotoar aos dvd´s e plasmas de uma pessoa, mas também, o facto de que não é obrigatório as pais darem-se bem com os filhos, ou sequer gostarem deles!!! E em relação a conjugues então, acho que nem é preciso dizer nada eheheh

A avaliação por terceiros, também é um bicho de sete cabeças! Que terceiros???? familia? já falámos! parceiros? ui ui, pode aconteçer de tudo! Juristas? who the fuck are they to know about this particular situation?
Médicos? pode ser um que não esteja habituado a lidar com situações destas, como pode ser uma pessoa que pelo desinteresse, pouco profissionalismo ou simplesmente pela rotina, já toma decisões de vida ou morte (MESMO) de animo leve. Isto para não falar dos objectores de consciência que podem ser mais que muitos e até.... TODOS! Aí, como era????

tudo isto para dizer que a boa idéia em teoria, pode levar a excessos absolutamente brutais, coisa que aconteçe frequentemente (vide URSS!). Nomeadamante ao surgimento de um verdadeiro negócio da Morte, com clinicas privadas (não se preocupem que o capitalismo consegue fazer $ de tudo, é uma questão de, pouco, tempo) a fazer promoções, tipo: "Tá doente, matamo-lo a si, e se trouxer outro amigo com cranco na tiróide fazemos desconto!"

Para acabar, outra interrogação. E quem mata? Quem está habilitado a matar? Na Idade Média e Moderna, o carrasco também era 1 profissional, mas procurava-se manter anonimato porque, convenhamos, não é uma coisa bem vista! Corriamos o risco de apenas um médico ser responsável por todas as mortes (Dr. Death nos EUA dos anos 90, que se revelou ser ele proprio um doente e retirar prazer das centenas de mortes que provocou).

Fazer o que? Uma possibilidade, tanto para não serem sempre os mesmos responsáveis como para salvaguardar a identidade dos mesmo é aplicar o metodo da injecção letal dos presidios norte-americanos, 5 dispositivos ligados a 5 agulhas com a solução quimica mortal num deles sem se saber qual é, 5 pessoas carregam ao mesmo tempo e em teoria (sempre em teoria) ninguém sabe quem injectou no condenado á morte!

Matt disse...

quem pode saber o que queremos? e quem pode matar?
sao as duas perguntas interessantíssimas que tiro do comentário do Vasco.

acho que so mesmo nos sabemos o que queremos, e ai lembrei-me de outra coisa. Pode-se induzir o paciente em coma! Não o mata, nem o obriga a passar por tudo o que não quer.

Estes pacientes seriam depois levados para casa, ou lar, ou outra instituição estatual (porque nao quero estar aqui a falar de coisas privadas), e manter-se-is em estado de latência até existirem alguns avanços na medicina, por exemplo, ou ate simplesmente o seu corpo dar de si.

agora... vamos tornar isto um bocadinho mais complexo...
Esta 3ª opção juntamente com o documento à priori, juntamente com um familiar, já dava mais ou menos um bom método. (O documento à priori passaria a ter uma 3ª clausula que dizia que a pessoa preferia ser induzida em coma.)


Eu assino um documento a dizer que quero que me provoquem a morte. Sofro um acidente que me deixa completamente paralítico sem a capacidade de me exprimir, na qual não há cura/tratamento e estou condenado a viver como um vegetal para o resto da minha vida!

E aqui começam os SE's:

1º - a minha mulher (isto e tudo hipotético se ainda não tinham percebido) dizia que queria que eu recebesse a minha morte assistida e o Terceiro (já la vamos) dizia que Sim, tudo em ordem! ... Eu era morto e pronto!

2º - a minha mulher dizia que sim, mas o terceiro dizia que não pois a firma da minha mulher estava atulhada em dividas e a minha morte podia trazer-lhe algum dinheiro de algum lado, dinheiro esse que ela precisava. (não o melhor exemplo mas vocês percebem).. neste caso seria-me induzido o coma, não mata, nem moi! é soninho do bom! e ficava assim ate que as despesas da minha esposa fossem regularizadas, e então ai via-se mais uma vez, o que se fazia, caso a situação estivesse totalmente regularizada e o terceiro dissesse Sim, então ai eu era morto.

3ª - a minha mulher dizia que não, não podia deixar de maneira nenhuma que eu morresse pois isso ia contra os seus princípios (bla bla bla).. então ai eu era posto num coma profundo! ate ela poder dizer o contrario, e ai voltamos ao ponto 1.

4º- Diziam todos que sim, mas eu ate tinha mudado de ideias e morrer tinha deixado de estar entra a minha lista de "To do"... então ai morria e calava-me! É por isso que esta decisão do documento tinha de ser levada muito a serio com muita ponderação.


Isto tudo para dizer que quando a certeza não fosse clara, o coma induzido seria a solução! E que mudar de ideias não é uma opção quando não se pode comunicar.

Quanto ao Terceiro que falei, teria de ser um profissional treinado nos campos da medicina, da justiça, da economia e ciências sociais.
O que é que ele sabe da nossa vida? NADA! e é isso que o deixa imparcial nisto tudo! Seria criada então uma nova profissão e locais de trabalho... mas já me estou a afastar do tema. Ainda assim vou deixar este campo um pouco vago pois ainda não pensei muito bem sobre isto! no entanto de momento é a minha melhor opinião.

Quanto aos "carrascos" que poriam em prática a Eutanásia, sim poder-se-ia fazer como se faz nos estados unidos... 5 pessoas e tal.. parece-me bem. isto só porque há pessoas estúpidas que não respeitam as pessoas nem certas decisões e o "carrasco" poderia ser alvo de algumas coisas, que é isso que se tenta evitar com este mecanismo.

Bem.. isto está a dar que falar... si senhor! é mesmo isto que se quer! lol

Angel from your Nightmare disse...

Bem, nos casos que estão a referir de uma pessoa nao ter capacidades sequer para pedir a eutanasia, acho que as coisas deveriam ficar como estão! Ninguem tem o direito de ddecidir se uma pessoa esta a sofrer o suficiente ou nao para morrer!O caso de um documento, leva-nos ao que o Mateus disse: Quem me garante que depois tenho a mesma ideia? Mas, e agora falo por mim, se me encontra-se num sofrimento fisico extremo e nem seuqer tivesse capacidade para fazer valer a minha vontade ou opinião preferia a morte, isso seria pior que a dor fisica.

Andei a pensar neste assunto todo o dia e lembrei-me de uma frase que é o objectivo da organização mundial de saude:
"Dar mais anos à vida e mais vida aos anos"
E com isto termino. Para que dar mais anos à vida se não há vida nesses anos?

Anónimo disse...

Serei breve, é um tópico bastante polémico, mas se for bem visto não é tão incontornavel como parece, eu sou a favor da eutanásia, como ja foi dito, se a pessoa estiver plenamente consciente e ainda com voto sobre si propria, e quiser por termo à sua vida dadas as suas condições naquele momento serem, d basicamente, "to a penar À espera de morrer pk nao posso ter cura", entao sim, deveria ter o direito de morrer com dignidade, caso seja o estado curavel, ou o seu estado nao seja assim tao consciente, ninguem deverá decidir por ela, deverá ficar como está, ninguem tem o direito de decidir uma vida humana a nao ser ela propria.
Se virmos as coisas por outro prisma, vejam k este tipo de doentes nos hospitais, sao, desculpem a espressao, "aos pontapés", seria vantajoso para todos o direito à eutanásia, as pessoas deixavam de penar tanto, o estado pagava menos pelo ocupação, e o lugar podia ser ocupado por outra pessoa com uma oportunidade de viver...(afinal nao fui assim tao breve XD)

Rita disse...

Ena..uma pessoa nao pode passar uma tarde fora que perde logo o fim à meada =p

Ao ler os vossos comentarios reparei k tocaram em pontos que eu não abordei, mas pensei. Principalmente a questão da incapacidade de exprimir a vontade quanto à eutanásia. Julgo que a melhor das ideias que lançaram quanto a isso foi a do documento que diga se quero ou não usufruir deste procedimento caso não consiga expressar esse sentimento. Atenção...foi, na minha opiniao a melhor das ideias, mas não a ideia perfeita (como se isso existisse...). Porque, verdade se diga, ha quem passe por grandes tragedias e a partir daí passe a ver a vida de uma maneira diferente. Significa isto, que nenhum de nós pode saber como se sentiria se uma dessas tragedias acontecesse connosco. Hoje podemos ter uma opiniao, mas se amanha ocorrer um grave acidente e tivermos que ficar paralisados p o resto da vida, sem nos pudermos exprimir quem garante que a opinião será a mesma?? ninguem..ninguem mesmo. Por isso digo..concordo com o documento, em certa parte, mas so depois de uma boa ponderação.
A questão do coma n é a que mais me cative. è verdade que não se mata a pessoa nem deixamos k ela passe pelo tormento..mas a ideia de a pessoa ter k passar o resto da vida (se é k se pode chamar vida a isso) deitada numa cama, em estado inconsciente e sem ser capaz sequer de responder a estimulos externos, nao me parece ser uma soluçao para o problema...just my opinion...

aftermath disse...

A idéia do coma tem a sua razão de ser, mas ...... (theres always a big BUT, não´é?) os meus distintos colegas de discussão esquecem-se sempre de 1 "pormenor", que por acaso é o "pormenor" que domina o mundo!! $$$$$ o arame, o carcanhol, a guita...........!!!
Por isso referi que se a eutanásia desse $ (e vai dar, a gente mais tarde fala) fazia-se dai negócio!
Relativamente ao coma, os custos de induzir nesta situação, ou outras hipoteses mais do campo da ficção ciêntifica, milhares de pessoas durante anos iriam ser considerados incomportáveis, ou seja, só os ricos poderiam estar anos à espera de cura!!! get it?

As hipoteses que estão a ser colocadas são válidas se vivessemos numa sociedade que previligia-se o bem estar e qualidade de vida das populações, mas todos sabemos que não é esse o caso!

Matt disse...

Lá está eu propus a ideia de instalaçoes estatuais a cobrir os pacientes em coma, mas numa sociedade destas é claro que não passa de uma ideia! ... Mas é por isso (entre outras coisas) que este blog foi feito! .. para pormos alguns pontos nos is no que refere à nossa sociedade e o que vai de mal (e bem) com ela!

Jorge Mimoso disse...

Aí está, viva aos assuntos polemicos, que quando a polémica é bem fundamentada, so podem ser temas interessantes, este nao foge á regra. peço desculpa aos outros users, mas este meu post nao tem grande relevancia em relaçao a esta discussao. Li todos os posts até agora,sim senhor abordaram-se aspectos bastantes cruciais, que fizeram jus a esta polemica. A minha opinião após ter lido todas as opiniões, mantem-se( teve apenas mais alguns acrescimos mas nada de significativo). Sou a favor da eutanasia ( aki a minha veia de anarquista fala mais alto )mas claro com muitas das condicionantes que aqui foram referidas. Em relaçao a relegião neste assunto...acho que nao tem impacto algum a nao ser para aqueles que se condicionam consoante a mesma, seja qual religiao for.enfim... Não vou trazer nada de novo a esta discussao , apenas gostaria de deixar esclarecido, que a minha opinião ficou reforçada e mais consistente. agradeço entao ákeles k trouxeram a esta polemica questoes bastante pertinentes, e á rita por ter trazido o tema á anarchy gate , que continua a crescer a olhos vistos . Cheers